Para a maior parte, o facto de Jorge Costa ter posto um ponto final na carreira de jogador acaba por ser apenas mais uma noticia igual as outras que se ouve ou lê nos jornais. Se calhar ate foi um alivio para alguns pois o passado é..passado. O núcleo vem desta forma homenagear o jogador que vestiu a camisola do F.C. Porto durante mais de uma década, o nosso Capitão o homem Jorge Costa.
Jorge Costa confirmou o fim da sua carreira de jogador. O defesa central, que estava sem clube desde o final da época passada, quando representou o Standard de Liège, anunciou a intenção de continuar ligado ao futebol, embora sem especificar o tipo de funções que pensa desempenhar. Numa entrevista ao ex-companheiro de selecção Paulo Sousa, Jorge Costa deu conta do orgulho por uma carreira invulgarmente preenchida, destacou as duas épocas em que trabalhou com José Mourinho como o período mais rico para a sua aprendizagem como futebolista de alto nível. A poucos dias de completar 35 anos (nasceu a 10 de Outubro de 1971), fica assim oficialmente encerrada uma das carreiras mais recheadas das últimas décadas do futebol português.
Jorge Costa foi formado nas escolas do F.C. Porto, tendo sido emprestado, nos primeiros anos, ao Penafiel e ao Marítimo, onde ganhou rodagem de I divisão. Antes, já tinha escrito uma página brilhante na história do futebol português, integrando a selecção de sub-20 que, em 1991, conquistou o Mundial da categoria, em Lisboa, convertendo um dos penalties no desempate com o Brasil que ditou a vitória na final da competição.
Com um total de 306 jogos e 20 golos no escalão principal do futebol português, passou a representar a equipa sénior do F.C. Porto em 1992/93, da qual viria a tornar-se capitão em meados dos anos 90. Exceptuando as lesões prolongadas que lhe provocaram vários dissabores nos primeiros anos, foi sempre titular no eixo da defesa até finais de 2001, altura em que um litígio com o treinador Octávio Machado o conduziu à saída, por empréstimo, para o Charlton.No Verão de 2002, com Mourinho no comando da equipa, regressou às Antas, tendo voltado a assumir o estatuto de capitão, que o fez, em anos consecutivos, erguer a Taça UEFA, a Taça dos Campeões e, já com Victor Fernandez como técnico, a Taça Intercontinental, no final de 2004.
A chegada de Co Adriaanse ao Dragão, em 2005, marca um novo ciclo na sua vida, com o técnico holandês a deixar claro que não o considerava opção para a defesa, levando Jorge Costa, pela segunda vez, a prosseguir carreira no estrangeiro, juntando-se ao ex-companheiro de F.C. Porto e selecção, Sérgio Conceição, no Standard de Liège, clube onde disputou as últimas partidas oficiais, já este ano.
Na selecção nacional, Jorge Costa cumpriu 50 jogos, entre 1992 e 2002, tendo marcado 2 golos. Participou como titular nas fases finais do Euro-2000 (meias-finais) e do Mundial-2002, após o qual decidiu encerrar a carreira internacional, dedicando-se em exclusivo ao seu clube de sempre.
Palmarés:
- 1 Liga dos Campeões Europeus (2003/04) - 1 TaçaUEFA (2002/03) - 1 Taça Intercontinental (2004) - 1 Título Mundial de sub-20 (1991) - 8 Títulos de campeão nacional (92/93, 94/95, 95/96, 96/97, 97/98, 98/99, 02/03, 03/04) - 5 Taças de Portugal (1993/94, 97/98, 99/00, 2000/01, 2002/03) -8 Supertaças (1992/93, 93/94, 95/96, 97/98, 98/99, 2000/01, 2002/03 e 2003/04)
Jorge Costa “só” tem 21 títulos com a camisola do FC Porto. Uma carreira com muitos êxitos, mas também algumas agruras. O “Bicho”, como ficou conhecido e não se importa de ser tratado, chateou-se com alguns treinadores e elege Mourinho como “o melhor”. Terá reservado um novo capítulo da 2.ª edição do seu livro para Adriaanse?
OBRIGADO CAPITÃO |
É mesmo!
obrigado capitão!